06 março 2011

Kilian Martin



Kilian Martin
A Skate Regeneration

Joguinhoooo!!!






Blob 2 Revolution









Zombie Bites
MIL vezes a versão do Tchan hahahahahaa ..

"O cool Radiohead conseguiu ser esculachado na rede pelo mundo depois que vídeos se proliferaram no YouTube com a dancinha desengonçada do vocalista Thom Yorke no clipe de 'Lotus Flower', que lançou o esperado disco 'The King of Limbs'. Abaixo, segue a versão axé, com música do É o Tchan, em homenagem à parceira de blog Kamille Viola, uma entusiasta do grupo baiano."
Radiohead Frenético

The Moth from moidsch on Vimeo.

03 março 2011

FEMART 2010 - Declamação Juvenil Masculina - Pedro H. Boniatti

Poesia: Partir - Flavio Ernani Barbizan

Zé Domingos, obrigada!

FLÁVIO BARBIZAN DEIXOU SUA MARCA DE HUMANIDADE E AMOR. UM MÉDICO AMIGO.

Por Zé Domingos

Quem o via conversando tomando chimarrão, caminhando de um lado para outro, conversando com um, com outro, atendendo a todos que o procuravam e não o conhecesse certamente o imaginaria como um simples funcionário, mas era o proprietário, o comandante do Hospital Nossa Senhora do Carmo, do Boqueirão.

Atendia com carinho e atenção, dificilmente se exasperava, sempre estava disposto. Fazia consultas, indicava medicamentos, providenciava internamentos, fazia cirurgias, tudo sem burocracia. Era mesmo um médico diferente, extremamente humanitário. Não media conseqüências para atender os mais necessitados.

O conhecemos numa situação embaraçosa quando queriam fechar o seu hospital. Exercíamos a função de vereador e fazíamos campanha para Deputado Estadual, quando recebemos um telefonema e o autor se identificou como Flávio, proprietário do Hospital Nossa Senhora do Carmo. No andamento da conversa nos convidou para visitarmos seu hospital e lá fomos. Isto no inicio do ano de 1.978.

Depois de percorrermos as dependências do hospital, fomos ao refeitório e almoçamos. O Dr. Flávio nos relatou que órgãos do governo federal fizeram uma fiscalização na casa encontrando algumas anormalidades e diante disto o hospital poderia ser fechado. Explicou que estava adotando providências para atender as determinações e as exigências impostas o mais rapidamente possível.

Fizemos contato com Reinhold Stephanes, que deixara recentemente a Presidência do Instituto Nacional de Previdência Social e fazia dobradinha conosco como candidato a Deputado Federal. Stephanes visitou o hospital e verificou ser Flávio, de Herval do Oeste, Santa Catarina, a mesma região de nascimento dele e ficou de pedir uma nova fiscalização já que as exigências estavam sendo cumpridas. Feita a nova vistoria o hospital foi dado como apto e seguiu no seu importante trabalho para toda a região, especialmente no campo social.

Aos poucos fomos conhecendo mais o Flávio e então observamos ser um homem de coração aberto e sempre pronto a servir ao próximo. Em determinado dia nos explicou a sua procedência simples, relatando que sua mãe o criou praticamente sozinha. Para mante-lo, para encaminhá-lo para os bancos escolares desenvolvia trabalhos domésticos, lavava roupas para as famílias melhor situadas de sua cidade. Um esforço constante. Não parou nunca, até ver o Flávio, tornar-se médico.

Viveu sempre com dificuldades e por isto precisava agradecer as bênçãos que o levaram a ser médico. Assim atendia a todos que o procuravam. Nas primeiras horas da manhã era normal a presença de várias pessoas nas imediações de sua sala e ele com a cuia de chimarrão nas mãos ia conversando com todos. Apaixonado por futebol, torcedor do Atlético Paranaense, do Grêmio Portoalegrense, do Palmeiras, tinha fotografias destas equipes em sua sala e se emocionava quando conversava sobre futebol. Nos tornamos seu amigo e seguidamente o visitávamos e batíamos longos papos.

Os anos se passaram e o hospital começou a apresentar novamente problemas e para seguir suas atividades passou por ampla reforma, forçando a altas despesas. Começaram a surgir problemas financeiros face as baixas taxas pagas pelo governo através o Serviço Unificado de Saúde e ainda com atraso de meses. Houve também problemas administrativos e Flávio, perdeu o controle da casa, tendo que negocia - lá. Com o tempo o hospital que ajudou a tanta gente, que socorreu milhares de pessoas teve que fechar. Até hoje está com portas cerradas o que é lamentável.

Os que tiveram o prazer em conviver com o Dr. Flávio, sabem de sua bondade e seu companheirismo. Simples, depois do expediente era normal encontrá-lo ao lado de amigos em bares jogando baralho, batendo papo, brincando, saindo para jantares.

Depois do fechamento do Hospital Nossa Senhora do Carmo, trabalhou durante algum tempo em Pontal do Paraná e talvez deprimido pela perda do hospital faleceu. Depois de anos de relacionamento, de conversas seguidas perdemos contato e nos últimos anos tivemos poucas ligações. A ultima vez que conversamos foi por telefone e ele estava em Pontal do Paraná, onde trabalhou até seus últimos dias de vida.

Soubemos de sua morte no ano passado, talvez no mês de agosto ou pouco antes quando de uma conversa com o Haroldinho, o Vilmar (Parolim), moradores desde meninos no Boqueirão e por mesmo muito conhecidos no bairro e outros amigos no bar do Mauro, nas proximidades do Cemitério do Boqueirão.

O Haroldinho amigo chegado do Flávio, sempre estava com ele e nos informou que ele havia falecido há uns sete meses. Estávamos imaginando lembrar a importância do Dr. Flávio, para a região e para toda Curitiba e região metropolitana e o fazemos agora improvisademente, mas de coração. O Flávio merece ser lembrado sempre, pois foi um homem simplesmente sensacional, um grande companheiro Um cidadão especial.

Saudades do Dr. Flávio, o grande amigo do Hospital Nossa Senhora do Carmo.

José Domingos Borges Teixeira

(Zé Domingos)